Páginas

domingo, 21 de abril de 2013

É um querer ter amnésia e nunca ter tido

As tardes que morro e essa é uma delas. A tarde a qual não se é tão tarde assim, uma hora depois do almoço. Hoje não volto para casa tão cedo, volto mais tarde, fico no centro da cidade aprimorando a minha língua estrangeira, até porque minha própria língua às vezes me cansa. Saber transformar sentimentos tristes em palavras belas faz da minha língua especial e chega até ser algo privado. Tais horas vagas me pedem vagar no meu próprio vago. Peço muitas vezes para não saber os nomes dos meus sentimentos, peço para eles não se apresentarem, pois eles não precisam disso, sabem que eu já os conheço... Mas quando apresentam-se novamente, os confundo com a moça Nostalgia. Aquela de olhos castanhos avermelhados reluzentes quando veem o brilho do Sol e a noite para as constelações. A qual possui cabelos pretos ondulados assim como ondas de um mar. Ela parece ser jovem, parece que nasceu ontem, assim como o meu calendário que só possui hojes quanto ontens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário