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sábado, 27 de setembro de 2014

Norte ou Sul?

Os dias passam. O tempo não para. O tempo flui. Nada mais explícito que isso, de resto abstrato. Eu não entendo o que quer , o que me tem a dizer... Sabe, nem cursei teatro ainda e já me enxergo como uma bela atriz desse drama do in-sucesso mundo particular. Tudo é uma farsa, o não querer, o não sentir, o não saber, o não conhecer, o não é simplesmente uma mentira. O chorar que sempre fez parte da encenação foi verdadeiro, mas provisório. Em momentos de total descrença, a quase rendição de entregar-me aos ideais que não eram meus, consequentemente, minhas ideias todas se esquivaram para outro plano: para o fundo do oceano. Fui à busca delas, nas profundezas. Fui à busca dos meus princípios, os quais afundaram como barcos há muito tempo, pois da superfície, nada se criava ou transformava, tudo se perdia. Assim, muitas circunstâncias claras, tornaram-se escuras. Se tivéssemos lampiões ou lanternas, tudo seria mais fácil de esclarecer.

sábado, 6 de setembro de 2014

Amargo e aguado

Mudaste algumas certezas para não me magoar, não tem porquê...Para ajudar meu analista...Desculpo-lhe. Mas se eu quiser te amar, ainda? Sei que não vai estar, hoje não vai dar. E por favor, não me indique ninguém, pois não aguento mais me machucar. Não quer que eu vá embora, quer que eu tome mais uma xícara de café? Mas teu café possui um bom gosto assim como tu és, mas frio. Mais frio. Deixei esfria-lo porque estávamos conversando. Por que tão frio teu café? Mas se eu quiser, esquentaria para mim? Sei, você não vai estar. Mudei minhas certezas também e meu analista, bem...sente outro aroma por aqui. Adeus, hoje não dá mais para mim, não aguento mais um gole frio do teu café que passou a possuir mais água do que próprio pó. Guardava metade para outra xícara. Talvez a outra não esfrie quanto a minha, talvez irá incendiar o corpo de quem tomar...Que bom.