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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Borboleta

Mística organização universal e sua incalculável imensidade, no planeta onde habito já se passaram 365 dias de um ano atrás. Parece engraçado, não? Eu também acho. Mas, além disso, um real passar de tempo, um crescimento, contudo não apenas das sementes ou das lagartas ou das mentes, mas do bonito e intocável: a metamorfose em si. E quanto mais mutante ser, mais belo do que já foi. Refiro-me as pétalas que caem para formarem outras, do casulo e da adrenalina que ocorre no cérebro... Digo sobre o meio melodramático de que não se tem certeza do após e a única certeza é o passado (mas este, já está bem passado). Ah, esse meio da história, podemos enxergar um período de seca exterminável para todos, água para os realistas e para os mais criativos, néctar. Porque a única certeza da qual tenho tido não é nem mais sobre morte e sim, sobre as metamorfoses, muitas metamorfoses, muitas mudas para os insetos e revoluções para os humanos.