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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Olhos nus não enxergam moléculas de novas perspectivas

Antes de um novo parágrafo, deveria existir outro e se não outro, uma vontade de existir. Não conto o número de letras, parágrafos ou folhas, dou-lhes um desconto. Tudo é tão estranho. O tempo passa, as pessoas passeiam, os objetos continuam inertes se nada os rompes da inércia... Nada tão peculiar, ao não ser eu que era mais objeto do que as pessoas. Sempre peculiar. Conheço a lei natural das coisas que são visíveis: enquanto invisíveis, é uma mentira dizer que já existiu ou há de existir. Uma essência não é nada sem uma forma e uma forma não é nada sem uma essência. Já fui crente da geração espontânea, mas seguindo essa linha de raciocínio, tudo se fracassaria por si só. Percebo que assim como eu, a vontade possui sua inércia... Mas que preguiçosa ela. Ambas precisamos de fonte de vida e continuar vivas. Onde eu encontro ou onde posso procurar? O que fazer enquanto o tempo faminto devora-se cada vez mais depressa e não encontrei o remédio para diminuir essa velocidade? Transformar matéria-morta em matéria viva. Catalogar cada solução, mistura-las e transforma-las novamente. Ah, eu e minha vontade, podemos ser uma solução, mas quem realmente nós somos? Alquimistas de uma salvação.