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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Sendo efêmera, porque é a única coisa que não possui dualidade, apenas renovação:

Perdi a conta de quantas vezes eu já morri hoje, nem vale a pena fazer um funeral para cada morte. Perdi a conta de quantos dias da semana já foram fim do mundo. E ainda iremos morrer muitas vezes nos dias, nas semanas e até nos anos. Ta aí, um grande problema de ser uma mortal. Uma mortal um tanto sentimental. Uma mortal um pouco racional. Uma mortal, apenas, mortal.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nem se meu nome fosse Lúcia, nasceria tão lúcida

Tentei fazer listas para organizar a minha vida, mas não gosto de listas. Pensei em comprar uma agenda, até um caderno sem pauta ajudaria, para poder organizar os dias e rodapés alheios. Clamei poemas e cantei canções até perder o fôlego, para aprender as melhores rimas e metáforas que usaria na necessidade. Escrevi onde havia espaço, onde não cabia mais, onde as informações se embaralhavam e tornavam-se uma ideia louca qualquer, mas era pelo menos uma ideia. A insanidade subiu-me a cabeça há tempos, agora tem estado tal como palavras-cruzadas e quebra-cabeças: tudo só toma forma com o próximo encaixe.