Inocência, que dor sinto por racionalidade alguma te
consolar. Prometi de frente aos olhos da revolução, cuidar de ti como uma flor
bonita, porque bonita já és, mesmo que arranquem suas raízes e queimem teu
caule e cada pétala tua como se fosse frágil perto das mãos da podridão.
E se não fosse as flores, não saberia que cidades eram
catástrofes. Grande náusea esta de calçadas, faixas de pedestres e
automóveis... Até os efêmeros foram aprisionados com cimento cinza. Alguns até
precisaram de cicatrizes. Triste saber que disso os românticos nunca sofrerão,
apenas disso, nada mais.