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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Exatas ferem minhas prosas

Descanso meus pés diante da massa do meu corpo. Não sei o que é maior, a massa ou o peso desses pés. Deixaria meus sapatos de lado se eu compreende-se  tudo na mesma facilidade que tenho para questionar. Vontade de guardar tudo, vontade de esquecer o mundo, dentro dessa pasta de papéis preta incolor que parece envolta de fibra de cobra, para combinar com a escola. Aquela que me fere durante os exames para avaliar se valho por um ou por dez ou por dez mil. Fere meu orgulho e os meus planos de vida. Não valho nada diante de nada ou de tudo. Não valho padrões estabelecidos numa escola de quem só tem cola e dormem na aula de filosofia e de história. Durmo nas aulas de etiquetas e sermões. Novamente, diferente, mas que diferença faz não ser aceita ou aceitável? Droga de química, de física, de cálculos exatos e inexatos. Exatidão não é comigo, prefiro humanização. Chega de ser um número.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Meras dúvidas ou questões, ou vice-versa

Sinto a friagem da minha pele e daquela noite chegando assim como a fotografia mostra. Nunca vi algo tão confortável como essa natureza de tal fotografia emoldurada na parede, me sinto como uma leoa a qual depara-se com a floresta selvagem. Minha mente faz deste quadro atoa no meu quarto, algo grande e salvador. Paredes vazias como estantes cheias e bagunçadas são piores. Quadros na parede dão ar de preenchimento, mesmo com estantes bagunçadas a qual torna-se sinal de mente criativa, um tanto desorganizada, esperando a grande resolução de tudo assim como das fotografias. O único quadro que tenho me completa, pouco me importa a cor da parede que possui a mesma cor do fundo dele, talvez torna-se uma continuidade desse nascer do Sol ou o pôr deste. O quadro o qual diminui esse espaço do vazio entre a janela aberta e a porta fechada. Cortinas de ferro e cadeados destrancados. Tal fotografia me faz sentir perdoável quando me culpo. Sem ela, sem essa fotografia, eu nada seria.