Descanso meus pés diante da massa do meu corpo. Não sei o
que é maior, a massa ou o peso desses pés. Deixaria meus sapatos de lado se eu compreende-se
tudo na mesma facilidade que tenho para
questionar. Vontade de guardar tudo, vontade de esquecer o mundo, dentro dessa
pasta de papéis preta incolor que parece envolta de fibra de cobra, para
combinar com a escola. Aquela que me fere durante os exames para avaliar se
valho por um ou por dez ou por dez mil. Fere meu orgulho e os meus planos de
vida. Não valho nada diante de nada ou de tudo. Não valho padrões estabelecidos
numa escola de quem só tem cola e dormem na aula de filosofia e de história.
Durmo nas aulas de etiquetas e sermões. Novamente, diferente, mas que diferença
faz não ser aceita ou aceitável? Droga de química, de física, de cálculos
exatos e inexatos. Exatidão não é comigo, prefiro humanização. Chega de ser um
número.
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