Páginas

domingo, 30 de março de 2014

Meteoro sentimental

Chorar junto das nuvens, elas não parecem mais serem de algodão... Na verdade, agora, são cinzas. Elas me traduzem, sabem como o tempo está nublado aqui dentro e choram junto de mim. Será compreensão ou apenas reflexão do que minhas pupilas sentem? Elas se expressam muito melhor que o resto do meu corpo... As pupilas ou as nuvens? Não faz diferença, é tão indiferente que se torna una o que elas tem em comum: elas choram; De tristeza, alegria, raiva ou uma emoção qualquer. Elas passarão e eu, passarinho. As emoções ou as nuvens?... Diante disto tudo, acabo de me assumir sentimental-meteorologista.




quarta-feira, 5 de março de 2014

Quase oculto lado

Eu vejo faces mais escuras do que da Lua. Nesse céu ofuscante, estrelas já não há... Apenas nuvens pesadas de gotas d’água. Não há consolo que me faça acreditar que crateras não se comparam com catástrofes. Ah, mas a noite é tão bela, por que tão masoquista escurecida? Ela quem tanto me fazia rir dessa minha hipérbole e acreditar que há muito, até demais, dos corações para serem explorados e que nunca se esgotaria tal fortuna. O que será de mim fases, dias, séculos, eras com a sua escuridão eterna?