Cantando aos sussurros e aos ventos. Confiro
onde estou e este lugar cuja minha presença se faz dádiva não é minha casa... Mas
onde é minha casa? Cada vez mais acredito em um universo paralelo, e se pelo
menos um existir e se meu sonho, se o sonho desta pele, carne e osso for
atingir outro plano, é porque a vida humana então é uma merda. Simplesmente,
esqueço essa teoria, mas permaneço pensando derivadas de tal. Atingir outro
plano, um plano racional ou irracional, onde a resolução seja tão bem focada que
beiramos a perfeição. Pois, penso: essa mente, essa residência, essa calmaria e
euforia não são à toa. Em vão tento descomplicar as coisas todas do mundo.
Enquanto sacos de novos velhos pensamentos têm sido acatados, peso-me e penso.
Os cabelos esvoaçantes, o rock no rádio e o plástico que envolve o
"milk-shake" tem sido a minha distração momentânea. De curto momento,
mas necessária. Sinto-me fútil, de ambas as formas de se pensar, mas
necessária. Quantas vezes já não me comparei com descartáveis? Como resolver
essa charada chamada silêncio tão pensador quanto o próprio ato de tentar
pensar? Distinguir diferentes coisas não é fácil para ninguém, mas quando se
conhece o caminho para a fonte... Aí é outra história. Por enquanto, a história
continua a mesma. Mas, se erro, é porque sou de humanas. Humanos não se descartam assim tão facilmente.