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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Nas horas vagas: plástico descartável

Cantando aos sussurros e aos ventos. Confiro onde estou e este lugar cuja minha presença se faz dádiva não é minha casa... Mas onde é minha casa? Cada vez mais acredito em um universo paralelo, e se pelo menos um existir e se meu sonho, se o sonho desta pele, carne e osso for atingir outro plano, é porque a vida humana então é uma merda. Simplesmente, esqueço essa teoria, mas permaneço pensando derivadas de tal. Atingir outro plano, um plano racional ou irracional, onde a resolução seja tão bem focada que beiramos a perfeição. Pois, penso: essa mente, essa residência, essa calmaria e euforia não são à toa. Em vão tento descomplicar as coisas todas do mundo. Enquanto sacos de novos velhos pensamentos têm sido acatados, peso-me e penso. Os cabelos esvoaçantes, o rock no rádio e o plástico que envolve o "milk-shake" tem sido a minha distração momentânea. De curto momento, mas necessária. Sinto-me fútil, de ambas as formas de se pensar, mas necessária. Quantas vezes já não me comparei com descartáveis? Como resolver essa charada chamada silêncio tão pensador quanto o próprio ato de tentar pensar? Distinguir diferentes coisas não é fácil para ninguém, mas quando se conhece o caminho para a fonte... Aí é outra história. Por enquanto, a história continua a mesma. Mas, se erro, é porque sou de humanas. Humanos não se descartam assim tão facilmente.