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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Brilho opaco

Através do vidro te observando. Não sei quanto tempo se passou. Isso parece para sempre, em casa sentada sozinha. Em meio a multidão, eu te observando através do vidro. Em meio aquela cidade em caos. Ainda está cedo para as estrelas mentirem para mim. A superficialidade dos olhos das pessoas da cidade, agora vejo nos teus. Superficialidade. É o que as estrelas mostram quando aparecem no céu... Para sempre é o esperar sentado em frente de casa, só, esperando o verdadeiro tornar-se real. Realmente, o supérfluo é acolhedor quando nós sabemos que a verdade nos machuca. Mas e se a verdade fosse desejável e pura, fugiria dela mesmo assim? Vejo que sim, vejo tua partida e num tempo chamado para sempre, aguardo. Aguardo a verdade da pureza predominar e a mentira impura esvair. Pois é, eu posso ser quando quiser assim como o senso comum, padronizada, por dentro do certo fútil. Mas prefiro ser assim como sou, viva. Olha essas pessoas fúteis, o que elas estão fazendo? Elas não percebem que estão mortas comandadas por tal sistema? Eu te respondo tal questão: estão apenas fugindo da realidade, enxergando um céu estrelado, mas mal elas sabem que as estrelas também mentem.

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