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sábado, 31 de janeiro de 2015

Confissões e gotas d’água

Ás vezes me sinto uma criança amedrontada com medo do barulho da chuva, do rádio, da televisão, do armário, do desconhecido o qual bate em minha porta, do silêncio... Porque quando me silencio, essa tempestade aumenta.

Minha criança, pior que monstros dentro do seu armário, é esse quarto. Um quarto qualquer, mas especial para tal respiração, tal decoração, tal silêncio, tal pensamento, tal torrente d’água. A chuva que cai nesse quarto e não molha só por fora, mola é a alma de lembrança, e sou eu quem se apaixona por esta. Sou eu quem se apaixona pela canção calma e triste. Sou eu quem se apaixonada por tal recordação da infância, lembrando de que ainda sou uma criança que tem medo do barulho do trovão. De ficar sozinha na escuridão.

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