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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Perante o céu e o inferno, teu grande coração

Eu preciso dormir, mas mesmo que parto, não chores. Ao invés de repartir o pão, deixei-o todo para você. Espero que encha tua barriga para toda eternidade, assim mesmo a qual parti. Espero mais, espero que conheça o sinônimo de liberdade e paz duradoura. Espero muito mais, espero que plantes invisíveis sementes e que tornam-se gigantescas a visão até dos que parecem não merecer enxergar. Minha filha aprenda a perdoar os aparentes, a perdoar-se, a perdoar todos eles que desconhecem o perdão, perdoa-me por partir tão cedo, mas na hora certa. Não posso me atrasar, tenho que descansar no paraíso e partir para uma nova jornada. Já arrumei minhas malas cheias de causas, não cabe mais nada ao não serem os efeitos. Lembre-se, se eles possuem medo de cuidar de ti é porque sabem o quanto sabes cuidar de si. Eles que tanto tem medo de ouvir o teu não por tanto me acompanhar. Perdoa-me se logo parto sem avisar. Dessa vez você não pode vir, tens que ensina-lhes tanto como o tanto que me ensinou: sorria mesmo que a casa cair, que o café estiver aguado, que não tiver motivos. Ensinou-me tanto garota, logo torna-se moça.

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