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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Não sei escrever tragédia, só faço drama

Invento segredos para poder ouvir os seus. Sou uma mentirosa, mas de bom caráter. Você que não se abre, um mistério brilhante. Você que só se fecha, por favor, conte comigo tais histórias misteriosas. Sou uma criança afobada por tais contos que parecem incontáveis da sua parte. Aterroriza-me não saber, sinto-me apta para transforma-los quando conta-me durante o ocorrer de cada segundo. Não digo conto de fadas porque sei que alguns fatos reais são uma tragédia. Não sou quem assiste tragédias, mas sei que desde a criação do mundo isso tem sido inevitável, até que necessário. Ter histórias pra contar para mim é sinônimo de liberdade. As histórias de ninar e até aquelas que me acordaram e não me deixam mais dormir. Elas que me preocupam e envolvem-me. Quando estou sem histórias, logo penso em palavras e crio-as que tanto senti mesmo mentais. Tanto senti menos sem elas que desapareço. Nem tudo que ouço, eu escrevo. Poderia contar incontáveis histórias das poucas que consigo escrever, mas perdi a conta, mas não perdi a história. Ela se materializa em uma energia desconhecida a qual me perco tentando conhecer. Perdi-me tentando escrever uma tragédia cotidiana.

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